quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O consolo



Anos de desgosto e sofrimento,anos que não voltarão,palavras que não vão ser repetidas,para mais uma vez eu ser rejeitada,por aquele que nunca vai me merecer,onde eu estava com a cabeça?por que não me atrai por qualquer outro que passava na minha rua?por que eu não escolhi o prêmio de consolação?sim, o prêmio de consolação foi lançado para meu corpo,e eu rejeitei,rejeitei como um pano velho que serve para limpar um chão sujo.

Passado dias,meses e anos,o pano que rejeitei,passava pela rua,como se passava a porcelana mais bonita e estimada em que eu nunca vi igual.A porcelana me rejeitou e me remeteu a recordações da minha crueldade em não dá uma só chance de tentar,para um alguém,talvez o único a me querer e me amar,um prêmio de consolação,talvez até melhor do que o prêmio real.

Me senti como se uma faca atravessasse meu peito,e uma voz ofegante me dissesse ao pé do ouvido:fica-te só,pois o maior prêmio tu rejeitasse e agora fica-te só,com seus lamentos,solidão e principalmente o arrependimento de não ter querido bem quem te mais quis.

A porcelana estava com seu par passeando e esbanjando sorrisos na rua,na qual o rejeitei,e na janela ao olhar a cena, estava o pano de chão,aquela que nunca deu valor a quem realmente merece.

Agora só é restar que outro prêmio de consolação passe como aquele,e que a ignorante como eu não o rejeite.
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