sábado, 28 de agosto de 2010

Artificial


Olhos de vidro,corpo de plástico e uma mente vazia,porém com uma beleza singular.A atração foi inevitável,a beleza realmente atrai.Não dava para ver o que tinha por dentro,era opaco e nada transparente.Me envolvi e amei,porém não fui amada,quando o olhava,os olhos de vidro não retribuam.
Meu corpo fervia,havia uma atração em que eu necessitava tocar,acariciar,um gesto para dizer ''Estou aqui,olhe nem que seja com olhos que não enxergam''.Com esses seus olhos de vidro ,sinta meu corpo,mesmo que não sinta nada ,com esse plástico e resina que o envolve,nenhuma gota de sangue corre em você.Antes eu não estivesse me atraído a ti,seria muito mais feliz ao lado de quem tem veias,onde corre sangue,onde há um corpo quente,em que me envolva em conchas sem eu pedir.Beleza não é tudo,isso que aprendi durante esses dias fúteis que passei contigo.
Eu merecia mãos quentes,olhos alucinados,uma mente com inteligência,boca onde saísse verdades e bom humor.Realmente mereço isto,uma pessoa que posso amar e ser amada,e o boneco darei para qualquer uma que só goste da beleza,depois com o tempo verá o quanto é vazio.Eu estarei ao lado de quem pensa e senti coisas que um boneco de beleza perfeita,nunca sentirá.Um alguém que me retire o fôlego e diga me amar,não mecânicamente,como alguém que foi programado para isso.Eu quero agora que a imperfeição viva ao meu lado.
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sábado, 21 de agosto de 2010

A Varanda


A procura é insana,os olhos não se cansam e ela continua à procurar.A imaginação daquela que amou loucamente é contínua e seu olhar e coração desistem de imaginar ele em todos os lugares,menos ali,onde começaram sua história,onde houve constrangimento antes do encontro surpreendente,daquele que iria amar e levar ao vento o explícito amor e paixão.Nunca houve história mais intensa feita em varandas,olhares,mãos,coração.Todos os detalhes possíveis eram motivo de momentos de conversas que lembravam todos eles.Qualquer dor mínima,era feita para se aproveitar de forma carinhosa,onde os beijos curavam qualquer arranhão.Nunca os cabelos estavam parados,sempre tinha a velha mania de mechê-los,os deixando sempre em movimento e o carinho era o que tinha mais em comum.
A maioria das pessoas que via de baixo da varanda,admirava o belo romance,sem distrações alheias,era muito claro,sem arrependimentos e desconfiança,amor assim não se encontra numa ingênua varanda,mas a luz que tinha em volta deles ,reluzia o que os olhos das pessoas viam,era tudo verdadeiro,não era farsa ou ilusão dos próprios.
Um dia a luz se apaga,o que era claro,agora é cheio de neblina,que não se vê o quanto cada um não está sendo verdadeiro nas histórias que contam para suavizar suas ilusões.Tudo termina quando os contos já não entram mais na cabeça deles,que a desilusão perdura e os olhos começam a enxergar,mostra que as ofensas destruíram o admirado amor que reinava.
A procura começa quando ele se esconde daquela que recuperou a visão do mundo,em vez que antes o mundo era ele.Procura lugares que possa se esconder para iludir a se mesmo e não deixar que ela coloque um fim,naquilo que foi o mais bonito e vivido,hoje não valeria mais forçar a continuar.Será que ele não vê que a felicidade só é feita quando tem duas pessoas dispostas para ela?a clareza era construída por se só,que o fim estava próximo,quem não via era aquele que se esconde,como quem não quer sentir a realidade na pele,para permitir que encontre outros amores e os levem para varanda de sonhos e histórias,de beijos e abraços,sinais do carinho,que é para sempre ser lembrado,não a fuga para não ver que a ilusão mora nele.
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Amor incondicional




E ele caiu aos meus pés,como se o seu destino ,fosse eu que daria o sentido,como se a escolha dependesse de mim,que as dúvidas do mundo seriam esclarecidas,e que tudo estaria nos meus pés,clamando uma chance ,forçando meus olhos enxergar só a ele,que meus pensamentos a partir daquele instante seriam só para ele e sobre ele,que meu coração batesse mais forte ao vê-lo ,e minhas pernas tremeriam junto às minha mãos na sua presença ,que a minha boca só pedisse a dele,pois outra não serviria.Era tudo isso ,todos os sintomas,que estavam representados naquele momento,que ele estava aos meus pés,não era simples,o fato dele colocar seus lábios na parte do meu corpo que me faz caminhar e decidir por mim,o sentido que quero levar na vida,momento que seus olhos suplicavam meu olhar e minha entrega,instante que sua boa trancada pela emoção,só exigia a minha.

Sentir o prazer de ser amada aos pés,flutuar sem tirá-los do chão,olhar sem desviar,tremer como ele queria.O que dizer nessa hora,que tudo que pediria era meu amor?amor que junto o que ele tinha por mim,serviria e sobrava para quem está disposto a amar,sem pensar nas consequências,sem ser impulsiva,porém não ser dura consigo,para no amanhã não se arrepender de não ter estendido a mão a quem te amou incondicionalmente.


Depois de minutos de olhares e pensamentos meus,onde ele estaria já cansado de está ajoelhado aos meus pés sem direção,onde seus lábios não aguentava mais a dor do silêncio ,e quando ele decidiu implorar e se humilhar ao máximo,eu estendi minhas mãos e o levantei,depois coloquei meus dedos em seus lábios,num gesto, para que ele não dissesse nada mais,só me beijasse e que cumprisse todas as promessas que seu gesto e seu olhar fizeram.


E ele entendeu minha mensagem,me beijou,e senti que não importa mais nada,que eu iria lhe amar,e se preciso fosse,eu ajoelharia aos seus pés para lhe dizer que eu nunca iria deixar de amá-lo.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O consolo



Anos de desgosto e sofrimento,anos que não voltarão,palavras que não vão ser repetidas,para mais uma vez eu ser rejeitada,por aquele que nunca vai me merecer,onde eu estava com a cabeça?por que não me atrai por qualquer outro que passava na minha rua?por que eu não escolhi o prêmio de consolação?sim, o prêmio de consolação foi lançado para meu corpo,e eu rejeitei,rejeitei como um pano velho que serve para limpar um chão sujo.

Passado dias,meses e anos,o pano que rejeitei,passava pela rua,como se passava a porcelana mais bonita e estimada em que eu nunca vi igual.A porcelana me rejeitou e me remeteu a recordações da minha crueldade em não dá uma só chance de tentar,para um alguém,talvez o único a me querer e me amar,um prêmio de consolação,talvez até melhor do que o prêmio real.

Me senti como se uma faca atravessasse meu peito,e uma voz ofegante me dissesse ao pé do ouvido:fica-te só,pois o maior prêmio tu rejeitasse e agora fica-te só,com seus lamentos,solidão e principalmente o arrependimento de não ter querido bem quem te mais quis.

A porcelana estava com seu par passeando e esbanjando sorrisos na rua,na qual o rejeitei,e na janela ao olhar a cena, estava o pano de chão,aquela que nunca deu valor a quem realmente merece.

Agora só é restar que outro prêmio de consolação passe como aquele,e que a ignorante como eu não o rejeite.
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

- Me Perdoe




Não me largues mais,peço-te,por tudo,não solte mais as minhas mãos,que estão atadas as suas,esqueça tudo que disse,todos os insultos e xingamentos despejados,as palavras tem essa força mesmo,aliadas ao impulso e ataques meus,saiba que desfecho como este nunca mais terá,agora ato minhas mãos e o mesmo faço a minha boca,que nunca mais sairá palavras para julgá-lo e te dizer coisas terríveis,porém não faço o mesmo aos meus ouvidos,que estão mais aguçados do que nunca,esperando que você diga que estou perdoada,que não vais pegar a tesoura que está na estante para cortar os nossos laços.

Perdão é o que peço ,afinal todos merecem uma segunda chance,sei que errei e estou aqui ,para que você ponha a mão na minha cabeça só desta vez,e que levante o meu queixo e me leve em direção a sua face doce,que não merecia a minha,a minha injusta face,e como em momentos imprevistos,você me perdoaria, como fazem os anjos.


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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

-Separação



O que seria dos fracos sem o seu remédio?
O que seria dos sábios sem seus livros?
O que seria das pessoas tristes sem alguém para consolar?
O que seria dela sem ele?
A palavra não vinha a boca,os gestos eram voltados para arrumar suas madeixas,suas pernas bambas e suas bochechas rosadas,eram as reações dela,na frente daquele que sempre amou,como não controlar?a preocupação dessa garota apaixonada e apaixonante,era não demonstrar o que sentia por ele,mas no fim,ela falhou.Uma falha que lhe causou o amor daquele que sempre sonhou.A infância não tinha revelado tantos detalhes e ilustrações,mas diante de um reencontro depois de anos,os olhares se cruzaram e desmascarou todo o amor envolvido por timidez e descobrimentos.
O dois se amaram,amaram como nenhum casal sonhara amar,anos de afeto e experiências que juntos,sempre juntos ,eles estiveram,mas como nada na vida é pra sempre,a bela moça foi abandonada.Não por outro amor ,não pelo desânimo,não por diálogos tensos entre casal,mas sim por força do destino,que quis desse jeito,de uma forma que arrancou a garota de sua bolha encantada,na qual vivia só com o seu par,em uma história que teve seu final dramático.
Carros e ambulâncias vivem na memória da moça,hospital e a última flor jogada se fez durante seu discurso:
-Eu te amei,vivi contigo o mais belo e sublime,agora te pergunto:o que será de mim sem ti?
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Viagem insegura



-À Deus ,se cuida e não esqueça que eu te amo.

Foram essas as ultimas palavras dele,uma partida triste,agoniante,minha mente só imaginava que iria perder para sempre o homem que cuidou de mim,que fez-se como fortaleza,onde eu pude sentir-me segura ,onde eu me deitava e dormia,sem pensar em perigos e surpresas infelizes.Onde o mundo poderia acabar,mas se restasse só nós dois ,eu não me importava.Que as palavras eram soltas ,como músicas que cantarolamos sem pensar, o homem que me ensinou a viver e amar ,a respeitar e ser respeitada,que me pôs os óculos da realidade,que nada é perfeito,mas podemos buscá-la,diante de tanto aprendizado e segurança ,aquele mesmo homem estava indo embora ,um momento que parecia o mundo na minha frente desabando,o meu mundo,o chão se abriu ,e a minha porção de terra,só eu que estava.

Foi essa a sensação que tive ao ouvir o tenebroso 'Á Deus',por que ele usou esses termos?por que não usou até breve?não sei,talvez essas palavras foram escolhidas por ele,pela força que elas tem,pela impulsão do momento.

Hoje estou esperando o avião chegar,e o meu herói e o herói de toda a nação ,logo chegará,vivo!isso é o que importa,o orgulho e a saudade me invade,chega logo meu amor.

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