Penumbra

O barulho das folhas na madrugada é perceptível para todos,as casas conjugadas chegam a escutar,mas não sabem que as palavras que nelas estão contidas,chegam a ser ensurdecedoras para alma,onde você reler milhares de vezes doloridas e lembra cada instante que escreveu.As paredes escutam tudo acontece,os meus pensamentos não escapam e o silêncio da noite não existe mais.Venha a mim,ouça todas as palavras,algumas dedicadas com afeto e outras amargas como experiências.Venha a mim,como quem não quer nada,sem intenções,irei entender,venha se quer com seu vazio,que eu abrirei a porta da minha casa e te receberei muito bem.Encontre-me e pergunte à aquelas que escutaram tudo,como eu te amei,como te quis bem,como chorei lágrimas de saudades tuas,pergunte e elas te responderão com detalhes,os quais vivi toda vida,fazendo delas um oráculo,que todas confissões e pedidos eram seus,até aqueles para esquecer,pena que não entenderam.
Venha a mim,traga seu amor e ouvidos,para escutar como fiquei pelos cantos,pelos livros,com as lágrimas.Mas quando terminares de saber da minha solidão através do meu diário minucioso,me avise para eu ir embora,pois vergonha maior não terei.