quinta-feira, 14 de julho de 2011

Relato da carência - Parte 2

Sabe, não quero casamentos, não quero acordos, promessas para depois de uns 5 anos tudo ficar sem graça e sem paixão, não que todas as uniões sejam assim, mas sei que não quero viver nessa corda bamba, tentando equilibrar o que terá no jantar e o que devo fazer para que a relação dure mais uns 15 dias, não quero isso.Mas meu coração fica descompassado quando penso que um dia ficarei só, morrerei só, sem que ninguém pegue minha mão nos meus últimos suspiros, dói mais ainda não quando penso nesse momento, mas quando penso no agora, que estou tão sozinha, desamparada, como se eu fosse uma folha jogada no vento, sem saber sua direção,esse medo de nunca encontrar alguém  me assusta, os discos já não me suprem,essa carência  tira meu sono e todas as lágrimas que ela consegue, mas eu choro por dentro, para que ninguém veja o quanto eu calejo.
Sinto muita falta de palavras, não da boca pra fora, mas aquelas sinceras,sabe?sinto inveja, se você sabe como é escutá-las, porque eu não sei, nunca me disseram e não sei quando vão me dizer,se é que vão me dizer, isso é tão ruim, me corrói tanto, saber que você vai bem em tudo, mas quando chega em casa, ninguém está lá, ninguém te abraça, ninguém te diz boa noite e você não tem com quem reclamar do dia ruim e recompensá-lo com milhares de beijos de quem você está amando, não, eu não tenho ninguém, isso está cada vez mais forte em mim, essa falta de alguém que não sei quem, essa ausência me perturba muito e faz morrer um pedaço de mim toda vez que abro essa porta e a sala está vazia.
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