As pegadas na areia foram marcadas por passos de solidão,pertencentes a alguém que não tinha seu rumo.O olhar para o infinito mar ,a fez ir além da sua alma,viajou para o horizonte e lembrou o porquê estava solitária ,em meio a areia e água,perceber que ao passar,as ondas levariam a sua marca,num momento de agonia,pensou se algum dia o tempo seria uma onda que levasse seus erros para o infinito,onde ninguém mais soubesse das marcas sofridas a não ser ela.Por mais que tentasse persuadir quem estava ao seu lado,ela não sentia a segurança que necessitava ter,em vez que ela desejava convencer a sua exatidão.
A certeza na areia não mais existia,a dor do cansaço a fez não ter mais a certeza,ver que o mundo ao redor é imensurável comparado ao seu egoísmo,seu mundo particular.A areia é pequena quando se vê um grão,mas unidas machucam os pés descalços.A experiência de sentir o mundo pela primeira vez foi dura,o pensamento que não sai da mente,agora sã,era de chegar no lugar onde viveu seus melhores momentos e ver que não há ninguém a lhe esperar.
O percusso foi prolongado,diante da sua conclusão,mesmo que a dor fosse grande e que o sol queimasse a pele,para ela era minímo quando se precisa evitar a solidão.O que as pegadas não sabem é que a solidão foi feita por aquela que se sentia a dona do mundo,de uma razão do seu ponto de vista,quando outras opiniões não valiam.As pegadas nunca iriam imaginar,que aquela mulher arrependida se colocava no centro.O mar teve essa percepção e vai deixar que as pegadas sejam vistas por um bom tempo,até que ela não evite a consequência que causou.O mar só vai ajudá-la quando entender definitivamente ,que o mundo é grande demais,para ela tentar ser dona e que a razão é apenas a disputa para persuadir.Enquanto ela aprender,as pegadas aliviarão sua dor.
